Compositor: Tairrie B.
Terror
É disso que vocês me chamam
Provoco terror entre os homens
Não consigo me importam com o que pensam
Eu carrego minha cruz, minha alma, eu mesma
Eu perdoo, mas eu nunca esqueço
Me puseram neste mundo na forma feminina
Mas posso me virar sozinha com o melhor de vocês
Muito bem com o pior
E muitas vezes o fiz
Tenho que permanecer quieta
Mas eu escolho falar, cantar, gritas
Eu sou lábios, quadris, seios
Eu sou o poder de uma mulher
Forte como a música
Verdadeira como a amizade
Mas sem meus amigos
Não haveria música
Apenas língua oral
Idiota!
Sou capaz de mudar
Para que eu viva sem arrependimentos
Sem remorso, só um remix
Eu estou bêbada, eu estou sóbria
O paraíso não me quer
E o inferno tem medo que eu tome conta
Nem tente me censurar
Ou me calar, porque não vai funcionar
Eu sou fria e distante
Ainda que calorosa e próxima
Àqueles que merecem ver esta parte de mim
Parte de mim, o meu coração
Vocês me acham tão difícil de entender no mundo de vocês
O mundo que vocês entendem como tão normal
Eu sou deformada, desprezada, renascida
Eu sou eu, e eu sei muito bem quem sou, o que eu sou
E a ira que eu trago, a beleza feia
A verdade enganadora, a virgem promíscua, a tormenta silenciosa
Uma amante, uma lutadora, uma santa, uma pecadora
Uma irmã, uma filha, fora de moda, uma caloura
Eu decorei a mim mesma
Com amor, ódio, verdade, vocês
Todos vocês, ambos de vocês, nenhum de vocês
Mais que um de vocês
Idiota!
Idiota!
Com lábios como açúcar, olhos como carne
Eu assisti homens
Irem e virem e traírem
Eu durmo para sonhar e sonho em dormir
Eu tive um sonho, Joe
Que você estava de pé no meio de uma estrada aberta
Eu tive um sonho, Joe
Que as suas mãos estavam estendidas ao céu
E a sua boca estava coberta de espuma
Eu fui crucificada, justificada
E mortificada pelo meu comportamento
Tanto feminino quanto masculino
Eu sou uma contradição e justaposição
Meu alívio é a minha soltura
E apenas o tempo dirá
Tudo está bem quando termina bem
Eu sou insensível, insalubre
Já fui chamada de drama queen
Ex-namorada, ex-membra
A birrenta, a sensata
Eu aponto meu dedo, levo a culpa
E desta vez eu vou reconhecer o nome
Porque ninguém vai me arruinar
E se eu tiver que arruinar alguém, vou arruinar a mim mesma
E será a minha ruína
Idiota!